No capítulo Falar uma Criança do psicanalista e psicólogo Alfredo Jerusalinksy (no livro Escritos da Criança), o autor faz a seguinte distinção: "na psicose simbiótica, a criança de dois anos, por exemplo, olha incessantemente para a mãe para fazer qualquer coisa, suportando o olhar como um mandato unívoco. (...) Um autista se caracteriza precisamente porque não olha para o outro, porque o autista olha qualquer coisa: a luz, a água, mas nega-se a olhar para o outro." (pág. 19).
Ele ainda afirma que pelo fato do autista resistir a mudanças, ele resiste quando alguma palavra ou expressão muda de sentido, significando outra coisa. Seria por isso que uma criança autista seria um pequeno modelo de mutismo. Enquanto que em crianças com desenvolvimento normal, a compreensão sai das situações cotidianamente repetidas e se amplia em diferentes contextos.
Crianças com autismo costumam usar menos gestos (como balançar a cabeça para dizer sim ou não) ou utilizá-los aleatoriamente. Essas respostas gestuais também podem estar ausentes em crianças autistas entre 18 e 24 meses de vida.
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